- É impressão minha ou você acabou de colocar um link para o mesmo lugar em que estamos conversando e que, possivelmente, leva as pessoas para o mesmo lugar que elas já estão?
- Isso. É um link para aqui mesmo.
- Deve ter alguma figura de linguagem que defina isso aí que você fez. Sei que não é metáfora nem hipóerbole, porque são as duas únicas figuras que sei do que se tratam.
- Deve ser uma gradação remissiva ou coisa assim.
- Mas é um tanto inútil, não? É como entrar em um carro pelo lado do motorista. Sentar, dar a partida e, em vez de acelerar, desligar o carro e sair pela outra porta.
- Mais ou menos isso. Só que o seu exemplo é definido como idiotice. O meu link é uma gradação sistemática.
- O que você sugere para ilustrarmos o Dois Vezes Um?
- Olha aí, falou mal mas tá usando a gradação anti-tangênica.
- Essa gradação é remissiva, sistemática ou anti-tangênica?
- Sei lá. Não sou o Pasquale.
- Já te contei que uma vez perguntei pessoalmente ao Pasquale o diminutivo de moto? A dúvida era se era motinho ou motinha.
- E o que ele disse?
- Que iria chutar. E que o chute dele era motinho.
- O Pasquale assumiu que iria chutar?
- Assumiu. A partir de então, sempre que eu precisei usar o diminutivo de moto, recorri à motolina.
- Motolina?
- É. Nesse mesmo dia do Pasquale, horas mais tarde, contei ao meu pai o ocorrido. Ele foi taxativo "até minha vó sabe que o diminutivo de moto é motolina". Falou com tanta certeza que não tive como duvidar.
- Mas seu pai não é o Pasquale.
- Mas falou com uma certeza que eu acho que convenceria o próprio Pasquale.
- Será que podemos passar adiante essa conversa toda de Pasquale, links com gradação retroativa e falar sobre as imagens no Dois Vezes Um?
- Sim. Pensei em colocar um apelo visual no site. Umas tirinhas ou algo assim. A gente publicaria dois caboclos conversando. Manteria os diálogos, mas atrairia pessoas que só vêem as figuras ou que são analfabetas.
- A idéia é boa. Já pensou na situação em que os dois personagens conversariam?
- Ah, acho que sentados em um banco de praça ou jogando videogame resolveria. É na frente da TV ou no banco da praça que saem as maiores bobagens que se fala por aí.
- Quem senta em banco de praça para conversar e falar besteira?
- Além do Cazalberto? Meu pai.
- Considerando a Praça é Nossa e seu pai como referências, acho que realmente as praças do Brasil são um celeiro de asneiras no país.
- Bom, então, vamos criar as tirinhas?
- Vamos. Deixa eu abrir o Paint Brush para ver no que dá.
- Faz algo bem feito, hein. Não vai esculhambar.
- Não, não. Estou até pensando em usar umas imagens bacanas, de gente bonita.
- Tipo o Lionel Ritchie e aquela ex-vocalista do Kaoma?
- Isso. Mas eu sempre achei que no lugar do cabelo do Lioenel, ficaria legal uma bolacha Maria.
- Eu sempre achei que no lugar do cabelo dele ficaria melhor uma bolacha de água e sal.
- Hummm. Peraí, deixa ver o que sai aqui.
- Ok.
- ...
- ...
- Pronto.
- Que rápido!
- É. Eu manjo de Paint Brush.
- Posso ver?
- Sim. Vou mandar no seu email.
- Beleza. Valeu.
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- Em breve.
- O quê?
- Dois Vezes Um também com tirinhas.
- Ótimo. Agora, chega dessa gradação simeônica. Já me irritou.
2 comentários:
Pô, o link é bom pra quem lê no Morfina!!!
caralho, nunca vi uma montagem tão foda na minha vida!
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