- Ai galera, só eu ou mais alguém aqui acha a Didi a cara do Fábio Assunção?
- Galera? Que galera? Só eu estou aqui, meu filho.
- Ah, é. Foi o hábito de falar com um megafone para as multidões.
- Megafone? Multidões?
- Um dia te conto. Agora não tenho tempo para isso. Devemos debater uma questão mais urgente.
- Que é a suposta semelhança entre o Renato Aragão e o Fábio Assunção, correto?
- Não, não. Eu disse a Didi. No caso, me refiro à Didi Wagner, aquela ex-VJ da MTV que hoje em dia completa a grade 100% chata do Multishow com mais um programa 100% chato que me foge o nome agora.
- Ah. É uma loirinha. Sei quem é.
- Então, ela não é a cara dele?
- Até que é viu. Ponto para o rapaz do megafone.
- Obrigado, obrigado. Sou ótimo fisionomista e um rei na arte de descobrir "separados no nascimento". Vide que fui o primeiro a descobrir que a Sandra Bullock é a cara do finado Michael Jackson. E que o Ricardo Gomes é a cara do Morrissey. Isso entre outras percepções, claro.
- Olha, eu até que não sou mal fisionomista. Só tenho problemas com a Elis Regina.
- Tem problemas com ela? Se ela não tivesse morrido, eu sugeriria que você desse uma surra na sirigaita, para parar de causar.
- Hahahaha. O que eu quero dizer é que tenho problemas com a fisionomia dela.
- Essa é fácil: ela é a cara e a voz da Maria Rita. Próxima, por favor.
- Não, você ainda não entendeu. Eu tenho uma dificuldade danada em reconhecê-la. Se eu a encontrasse na rua...
- Além de ser médium.
- Além de passar direto por ela, não descobriria que sou médium, porque eu não a reconheceria e, portanto, não saberia que trata-se de uma alma penada.
- Deixa ver se entendi: você vê fotos, vídeos, etc, da Elis Regina desde que nasceu. Mas passados cinco minutos, não lembra mais do rosto dela, é isso?
- Isso. Toda vez que estou vendo TV e aparece ela cantando, eu fico esperando os créditos para saber de quem se trata. Ela, para mim, tem o rosto mais esquecível do mundo.
- Cacete. E esse negócio pode atrapalhar sua vida, né?
- É? Mas ela já morreu. Acho que não tem problema.
- Mas aí é que está. Voltemos à questão da mediunidade. Se você a visse e a reconhecesse, saberia que é médium. Poderia tirar uns trocos com uns livros psicografados em nome do "espírito Elis Regina". Se pans, até gravaria um disco. Ficaria rico e, com sua grana, poderia me patrocinar.
- Patrocinar em que?
- Nesse meu dom natural de descobrir separados pelo nascimento. Eu ia rodar o mundo e ficar rico e famoso, só apontando para as pessoas na rua ou mostrando fotos de revistas. Ia ser a minha glória.
- Jesus!
- Aliás, você já reparou que a Mariana Weickert é a cara do Fred Mercury?
- Como?
- E que a Karina Bacchi é a cara do Pato Donald?
- Nunca agradeci tanto aos céus por não ser médium.
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