segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Caso Geisy x Uniban Revisitado

- Estou seriamente preocupado com minha sanidade. Faz uma semana que a música de abertura da Escolinha do Professor Raimundo não sai da minha cabeça.

- ...

- Essa mesmo.

- Essa mesmo o quê?

- É essa música que você cantarolou. 

- Não cantarolei nada. 

- Você não cantou "é na escola que a gente aprende, a contar, a criar e a crescer. É na escola que nasce o desejo, de pensar, de tudo saber..."?

- Não. Sequer grunhi algo. Estava querendo ver até onde ia sua demência.

- Rapaz. Então, pelo jeito, ela vai longe. Juro que ouvi você cantar "é na escola que a gente aprende, a contar, a criar e a crescer. É na escola que nasce o desejo, de pensar, de tudo saber..."?

- Não. Aliás, falando em escolinha, e esse lance da mina de perna de fora da Uniban, hein?

- Estou acompanhando de perto o caso e esperando mais informações. Mas, por enquanto, já conclui uma coisa. 

- Que o curso de marketing da Uniban deve ser o pior do sistema solar? Afinal, vai dar tiro no pé assim lá na casa do chapéu.

- Não, não.

- Concluiu o que então? Que o advogado da Uniban deve ter se formado na própria Uniban, pra ser tão ruim?

- Não, não.

- Então o que foi? Acha que se Stella Barros ou a Tia Augusta tivessem tino comercial já teriam contratado a Geisy, já que ela fazia turismo?

- Nem.

- Que alguma universidade tabajara deveria se promover dando uma bolsa de estudos a ela? Ou que a USP a convidasse a estudar lá, sem fazer vestibular, só para criar mais polêmica?

- Não, nada disso. E embora você esteja certo em todas as colocações, conclui outra coisa: filha minha não passaria por isso.

- Você ia invadir a universidade e dar sopapo em todos?

- Que é isso, rapaz! Filha minha não ia sair de casa com um vestido daqueles. Aliás, nem fazer faculdade iria. Até os 18 anos, filha minha não vai saber ler e escrever. Só vai aprender a bordar, cozinhar e lavar. TV, só uma vez por semana. Rádio, tudo bem. Mas só programa evangélico.

- Se sua filha se parecer fisionomicamente com você, é bom mesmo proibi-la de usar saias curtas. 

- Pois é. Por outro lado, eu mesmo estava pensando em aparecer em algum lugar de mini-saia só para poder processar depois e ganhar uma fortuna. 

- Isso se você fosse hostilizado e depois expulso deste lugar, né?

- Não necessariamente. Se eu fosse hostilizado e depois expulso, processaria. Se não fosse, processaria também. Afinal, que tipo de lugar é esse que deixam um marmanjo como eu entrar de mini-saia e fica por isso mesmo?

- Já vi suas pernas. Realmente, é caso para processo. 

- ...

- Começou de novo?

- Não disse nada.

- Você não cantarolou "é na escola que a gente aprende, a contar, a criar e a crescer. É na escola que nasce o desejo, de pensar, de tudo saber...".

- Nopes. Aliás, já tava quase esquecendo essa maldita música.

- Vixe. Então agora quem foi contaminado fui eu. Droga.

- Bem-vindo ao clube.

Um comentário:

Paula R. disse...

Se ela não conseguir mais estudar, por trauma ou algo assim, poderia trabalhar na Escolinha do Magal. ;-)