- Por que diabos você está vestindo uma camisa do Flamengo?
- Uma aposta que fiz sobre futebol, no auge do campeonato.
- No auge do Campeonato Brasileiro?
- Também. Mas, nesse caso em especial, era praticamente o auge de um campeonato de ingestão de cana. Eu estava daquele jeito, com um pé na jaca e com o outro na lama.
- Sei bem.
- Apostei com um amigo que se o Flamengo fosse campeão, eu iria usar uma camisa do Flamengo uma semana, sem tirar. Só posso removê-la para tomar banho e dormir. Apostei também que nunca mais iria falar mal do Zico se o Flamengo beliscasse o caneco.
- E você vai conseguir cumprir as promessas? Porque não falar mal do Zico é complicado, já que ele era fominha, pé frio, perdedor de penalti nato, jogador de Maracanã e, por fim, invenção da Globo.
- Bom, a aposta era a seguinte: esse meu amigo me daria uma camisa escrito "Zico" atrás se o Flamengo ganhasse. Aí eu a usaria por uma semana e não falaria mais mal dele. Como ele só arrumou uma escrito "Adriano", acredito que ele não fez a parte dele. Logo, só farei meia parte minha: a de usá-la uma semana. Quanto ao Zico, continua tudo igual.
- E esse seu amigo é Flamenguista doente?
- Ele é doente. Mas 33% doente pelo o Flamengo, 33% doente pelo o Vitória da Bahia e 33% doente pelo Palmeiras.
- E o 1% restante?
- Acho que ele tem tosse. Fuma muito. Fica com 1% doente de tosse, pelo cigarro.
- Você tem sorte. Uma vez, no auge de uma bebedeira, fiz uma aposta idiota e tive que ir trabalhar uma semana vestido de camponesa.
- Deus! Já vi que estou no lucro. O que você apostou e perdeu?
- Comentei que estava meio manguaçado, né?
- Sim.
- Bom, então não me julgue.
- Ok.
- Apostei que eu não teria coragem de ir trabalhar vestido, uma semana, de camponesa.
- Esse não foi o pagamento da aposta?
- Então. Eu apostei com um monte de gente que eu não teria coragem de ir trabalhar vestido uma semana de camponesa. E disse que, caso perdesse a aposta, para pagá-la, eu iria trabalhar uma semana vestido de camponesa.
- A aposta e o pagamento da aposta eram a mesma coisa? Como você é burro!
- Cala a boca, "Adriano".
- Não provoca, camponesa.
- Dorothy, por favor.
- Como é?
- A camponesa. Apostei que além de trabalhar trajado de camponesa, as pessoas iriam me chamar de Dorothy. E me chamam mesmo.
- Te chamaram, você quer dizer.
- Por uma semana, eu usei a roupa. Mas o apelido... ah, o apelido. Quando a gente reclama de apelido e vai chorar no banheiro no final da tarde por causa dele, aí é que pega mesmo.
6 comentários:
Será que o Adriano vai aparecer no Habib´s tb?
Isso, meu caro, é a resposta dos deuses do futebol às suas heresias prévias...
E considere-se um homem de sorte, porque, se a mera possibilidade de uma aposta como essa fosse feita comigo, o senhor ia ter que cuspir ou dar um tapa na cara de quem falasse algo não-ruim do Neto ou não-bom do Zico.
Eu só tenho uma coisa a dizer:
- UMA VEZ DOROTHY, SEMPRE DOROTHY
hahahahaha
Excelente o post...
Sem repetições hehehehehehe
ADOOORO
Olívia
Alex,
o Adriano aparece quando mais se espera. E mais se bebe.
Carlos,
(prefiro Merino) primeiro: honra comentário seu por aqui. Segundo: gostei muito do lance das "heresias prévias". É heresia falar bem do NUNES?
Olívia,
o que, Olivia, é uma repetição, Olivia? Diga-me, Olivia. Se você falar, Olivia, ficarei oliviado.
hahahahaha
Não direi, afinal você já sabe hahahaha
ADOOOROOO!!!
Olívia
cara, que história perfeita...rs.
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