segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vagner Love, el fobista

- Descobri ontem que o Vagner Love é muito fobista. Daí, não tive alternativa a não ser torcer contra ele e contra o Flamengo.

- O que diabos é fobista?

- Não sei. Mas meu pai disse com tanta ênfase, que não tive dúvidas de que ele é 100% fobista.

- Olha, pensando bem, acho que é mesmo. Vamos analisar a carreira dele.

- Acho que nem precisa ir tão longe. Olha as trancinhas. Repara no jeito de correr. A malemolência e o olhar quase brejeiro. É, sim, um fobista.

- Eu acho que fobista tem mais a ver com a carreira. Artilheiro da série B, mais ou menos no CSKA, volta à série A do Brasil defendendo o Palmeiras e se mostra um mindingo. Aí, vai jogar no Rio e, se aproveitando das traves grandes do Maracanã e do condicionamento físico dos anos 40 dos adversários, vira atração quase principal. Pegue todas as informações, as condense e, aí sim, temos um tremendo de um fobista. Quiçá, o maior do Brasil.

- Eu diria que é o maior fobista do mundo.

- Não é. Do mundo, acho que é o Val Kilmer.

- Esse aí é o maior fobista fracassado do mundo. O Love faz parte do rol de fobistas ainda não completamente fracassados.

- Sei não. Acho temos quase um empate no quesito fobismitismo entre Val Kilmer e Love. A diferença fica no fato de que um já é fracassado. O outro está no caminho certo.

- O que só faz do Love mais fracassado que o Val Kilmer, já que o primeiro nem é mais fracassado que o segundo. O Kilmer ganha no quesito fracasso, mas perde em termos de fracasso no fobistismo. O Love, enquanto quase fracassado, é um fobista na acepção pura da palavra, se excluirmos o ponto "quase completamente fracassado no caminho certo para tal objetivo".

- E qual é a acepção pura da palavra fobista?

- Taí. Não sei bem. Vou perguntar para o meu pai.

- Não foi seu pai que disse, certa feita, que o diminutivo de moto não era nem motinho nem motinha, mas motolina?

- Ele mesmo.

- Ah, então aproveita a sapiência dele e pergunta se o Christopher Lambert é muito ou pouco fobista também. Sempre tive a impressão que ele era um pouco... um pouco... então, um pouco uma palavra que eu não sabia nunca qual era. Se pans, era fobista.

- Beleza. Vou aproveitar e consultá-lo e perguntar se ojeriza é com "o" ou com "agá".

- Será que ele sabe isso também?

- Ele é praticamente um oráculo.

- Sabe tudo?

- Não. Mas o que não sabe, inventa. E ai de você se discordar. 

- Te devora?

- Não. Te tira de fobista.

- Credo! Manda só um abraço, então.

- Será mandado.

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