segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Detalhes Tão Pequenos de Roberto e Chico

- Roberto ou Chico?

- Que Roberto, que Chico e o que você está me perguntando?

- Quem você prefere musicalmente, Roberto Carlos ou Chico Buarque?

- Roberto. Sem pestanejar.

- Como atributo físico, perna mecânica ou olhos verdes?

- Perna.

- Para casar, Maria Rita ou Marieta Severo?

- Maria.

- Como melhor amigo, Erasmo Carlos ou Francis Hime?

- Erasmo.

- Para nascer, Cachoeiro de Itapemirim ou Rio de Janeiro?

- Cachoeiro.

- Jovem Guarda ou música de protesto?

- Jovs Guardas.

- Rapaz, você prefere mesmo o Roberto, hein?

- É. Só ia ficar na dúvida se você perguntasse "Detalhes ou Trocando em Miúdos".

- Ah, mas nessa quem não tem dúvida, sou eu: Destalhes na cabeça. Por que você não se decidiu?

- É que tem um verso em Detalhes que eu acho que poderia ficar melhor se fosse de outro jeito. Já Trocando em Miúdos eu acho irretocável.

- Que verso?

- Na hora que ele diz "Duvido que ele tenha tanto amor E até os erros do meu português ruim".

- Sei.

- Eu trocaria o "Até os erros do meu protuguês roim". Pra deixar bem claro que o português dele é ruim. Já Trocando em Miúdos não tem o que tirar nem por. 

- Não acho. Eu trocaria um verso dela.

- Qual?

- Sabe a parte que o Chico diz "devolva o Neruda que voce me tomou e nunca leu"?

- Sim.

- Trocaria por "devolva o Almanacão de Férias da Turma da Mônica que você me tomou e nunca leu". Acho que ficaria melhor.

- Sem dúvida, ficaria. Mas aí você poderia trocar o "nunca leu" por "leu de cabo a rabo e mais de uma vez". Afinal, quem resiste a um Almanacão de Férias da Turma da Mônica?

- É verdade. Vou mandar um email para o Chico sugerindo a alteração na letra.


quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Borboleta Azul na Virilha do Cavalo Doido

- Te falei que outro dia, enquanto eu tirava um cochilo no sofá da sala, acordei com um relincho?

- Agora, além de roncar como um porco, você também está relinchando dormindo?

- Não. O relincho não era meu. Acordei assustado, corri para a janela da frente e dei de cara com um cavalo andando na minha garagem.

- Bem feito. Não sei porque você tem uma garagem para três carros e vive estacionando do lado de fora.

- Preguiça de descer do carro, abrir o portão. Voltar para o carro, entrar com ele. Descer e fechar o portão. É tão mais prático descer, abrir o portão e entrar.

- E o que você fez com o cavalo?

- Nada. Voltei para o sofá e meia hora depois, quando fui ver se ele ainda estava lá, tinha se mandado. 

- Aliás, como ele passou pelo portão.

- Eu o tinha deixado meio aberto. Fiquei com preguiça de fechar por inteiro da última vez que passei.

- Com essa preguiça toda, nnão era à toa que você estava dormindo no sofá. Deve ter ficado com preguiça de ir ao quarto.

- Exato. Mas a história com cavalos não termina aí. Acordei com o relincho, na semana passada, certo? Pois bem, hoje, estava vindo eu para o trabalho quando um senhor que ia passando me pergunta se eu havia visto dois cavalos soltos correndo por ali.

- Detalhe para DOIS, e não UM cavalo. Outro ponto a ser observado: eles estavam SOLTOS. 

- Pois é. Achei muito estranho isso. Até conclui uma coisa.

- Que você é vizinho do Chico Bento?

- Não. Que devo jogar no bicho. No burro, já que não tem cavalo nesse jogo. Sabes onde tem uma banquinha por aqui?

- Tem uma descendo umas duas ruas, à leste.

- À leste? Ui!

- Vou ignorar seu comentário. Mas, se você for, aposta uns R$ 5 para mim na múmia de biquini.

- Como é?

- Já te falei que na minha rua tem uma senhora de uns oitenta anos que se veste como a Nana Gouvea quando está disposta?

- Acho que já. É uma espécie de mistura de biovéia com paquita erótica, não é?

- Pois é. É uma véia que tem o cabelo descolorido e devia ser bem feia quando era jovem. Agora, com oitenta anos e mostrando todas as carnes, está um pouco pior. 

- Você a hostiliza quando a encontra na rua? Poderia chamar o pessoal da Unibam para te ajudar.

- Nada. Na primeira vez que vi, mesmo fazendo o sinal do mau olhado para me proteger, perdi o dom da fala por três dias. O da visão, por quatro. Depois de brotoejas, de manquitolar, de ter coceiras, perder peso e apetite, comecei me acostumar. Hoje em dia, não tenho efeitos colaterais quando a vejo.

- Sei. 

- Bom, o fato é que encontrei essa senhora umas 5 vezes só essa semana. Acho que tá na hora de jogar no bicho também. 

- Mas eu não acho que tenha múmia de biquini na tabela do jogo do bicho.

- Então improvisa lá. Joga R$ 5 na borboleta para mim.

- Borboleta?

- É. A véia tem uma borboleta azul tatuada na região da virilha. 

- Nossa. Ela usa mesmo roupas provocantes, hein.

- Provocantes quando está com frio, meu chapa. E por esse dias, tá um calorão.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O Velho Truque do Pedinte Fanho

- Para você ver como são as coisas: estava quase chegando aqui e um pedinte veio puxar conversa.

- Puxar conversa ou pedir dinheiro?

- Puxar conversa, pedir dinheiro, essas coisas. Como você sabia que ele veio exatamente pedir dinheiro?

- O termo "pedinte" que você usou me deu a dica.

- Ah, mas ele poderia ter pedido qualquer outra coisa. Meu celular, minha carteira.

- Mas aí não seria pedinte, seria assaltante.

- Não seria assaltante se ele pedisse, eu negasse e ele fosse embora. Daí, seria só pedinte mesmo. Mas para você ter uma idéia, eu achei que ele fosse pedir água. Eu estava com uma garrafa na mão e a gente tava sob um sol danado.

- Mas ele pediu dinheiro, correto?

- Sim. Ele disse "tem as moral de me descolar cinquenta centavos para eu inteirar a fraonfsfdsf?"

- A o que?

- Acho que ele disse fraonfsfdsf mesmo. Mas não tenho certeza.

- E o que é fraonfsfdsf?

- Não sei. E, na dúvida, acabei dando R$ 1.

- Ele não havia pedido R$ 0,50?

- Haqvia. Mas não sei quanto custa uma fraonfsfdsf. Vai que é mais caro do que ele imaginava.

- Pode ser. Fez bem.

- Eu gostei muito do comentário dele, depois que eu dei o dinheiro.

- Ele disse "obrigado, sempre quis ter uma fraonfsfdsf fofa"?

- Não. Ele disse "obrigado. Você também está desempregado?".

- O que tem de estranho nisso?

- Ué? O que leva o cidadão a achar que alguém que parou para dar esmola está desempregado?

- Talvez ele ache que há uma certa cumplicidade entre desempregados. Você, ele, uma boa parte da população mundial.

- Mas eu não estou desempregado.

- Eu sei. Mas olha suas roupas. Olha a barba por fazer, o cabelo desgrenhado. A calça puída, que combina bem com a mochila suja, caindo aos pedaços. Você anda meio que mancando e lentamente. Para mim, parece um desempregado.

- Mas eu ando cantando. Sempre sorrindo. Às vezes até me empolgo com o que estou cantando e dou uma reboladinha.

- E tem coisa melhor do que não trabalhar? É um desempregado perfeito e feliz. Ou um lunático.

- Pode ser. 

- Por falar em comentário, lembra que comentei outro dia que meu pai adora futebol, vê todas as partidas possíveis, mas somente faz comentários tipicamente femininos durante os jogos?

- Como elogiar as pernas dos jogadores?

- Não. Nem tanto.

- Então não lembro.

- Bom, mas é isso. Ele faz uns comentários muito estranhos. Ontem, assistia com ele Botafogo-RJ contra a bambizada.

- Sei. 

- Aí, lamentei um gol perdido do Botafogo. 

- E?

- E ele perguntou "você está torcendo para o Botafogo?"

- Seu pai sabe que você é corintiano? 

- Sabe. Aliás, sou corintiano muito por causa dele.

- É. O que você respondeu?

- Disse: "claro pai. Por que eu torceria para o São Paulo?"

- E ele?

- Ele disse: "o São Paulo é de São Paulo. Mas já que você tá torcendo para o Botafogo, vou torcer também".

- É um comentário e uma postura estranha. Mas não é exatamente feminino.

- Não? E se eu te falar que uns 10 minutos depois minha mãe apareceu na sala e perguntou para quem eu estava torcendo?

- Bom, aí ou seu pai fez um comentário feminino ou sua mãe tem um comportamento estranho. Pode ser ambos?

- Pode sim. Logo, se vê que você os conhece há tempos.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Olha Quem Apareceu!

- Pior é, nessa altura do campeonato, começar a ter inveja dos santistas.

- Como assim?

- Atualmente, é melhor ser santista do que palmeirense. Olha o papelão que estamos fazendo.

- Você fala sobre os sopapos entre Obina e Maurício?

- Tudo. O time fica em primeiro por duzentas e dez rodadas. Aí, perde ou empata com os últimos times da tabela, o presidente dá uma de chiliquenta sãopaulina por conta de um gol BEM anulado, os jogadores do próprio time saem no braço, e a coisa vai daí para baixo. É por isso que digo: nessas horas, é melhor ser santista. 

- O que o Santos tem a ver com isso?

- Nada. Aí é que está. O Santos tá lá, como sempre, na meiúca da tabela. Os torcedores não esperam grandes coisas e o time corresponde às expectativas. A maior diversão dos santistas é lembrar do Robinho e achincalhar o Kléber Pereira. Isso é o meu sonho, atualmente. É tanta vergonha que o Parmera me dá que já estou pensando em... em... nem sei o que dizer. Em bater no Simon, no Beluzzo, no Obina e no Maurício.

- Por falar em Maurício, você preferia ser um personagem do Maurício de Sousa ou do Gabriel Garcia Marques?

- Você está me perguntando se eu queria ser um personagem fantástico, que pudesse voar, desaparecer no ar, comer tijolos e morrer na primeira página de um livro ou ser uma menina baixinha, gordinha, com um vestidinho vermelho e bem forte? 

- Não, eu queria saber se...

- Não importa. Eu queria ser uma menina baixinha, gordinha, com um vestidinho vermelho e bem forte.

- Deus! Você queria ser a Geisy?

- Claro. Ela está na crista da onda, não está? Entretanto, tem um porém.

- Qual?

- Não queria estudar na Unibam. Aí é muita zoação.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Esqueçamos a Geisy, Por Enquanto

- Você sabia que é impossível alguém se suicidar prendendo a respiração? 

- Sabia. Já tentei fazer isso e fui mal sucedido.

- Você tentou se matar prendendo a respiração?

- Mais ou menos. Eu estava morrendo de soluço. Já soluçava fazia uns 3 dias seguidos. Daí, resolvi prender a respiração a sério. A ideia era beirar a morte e parar o soluço ou morrer tentando. Do jeito que ia, não tava dando.

- Obviamente, você não morreu. Logo, se curou.

- Não. Quase morri. Mas quando voltei a respirar, o soluço persistiu. Deu tudo errado, em resumo.

- E você desistiu de morrer nesse meio tempo?

- Sim. Quando eu estava quase partido dessa para uma melhor, vi minha vida inteira pela frente. E nesse filme, percebi que ainda não tinha plantado uma árvore, nem escrito um livro e nem tido um filho. Aí, resolvi viver mais para realizar essas três coisas.

- Eu plantei aquelas sementes de feijão no algodão na escola. Também já pichei uns muros e cuidei de um peixinho dourado quando era mais novo. Será que já posso morrer?

- Hummm. Acho que não. No máximo, pode ter um AVC, mas sem comprometer todo seu sistema nervoso. 

- Vixe, então ainda preciso comer muito arroz com feijão para morrer.

- Muito mesmo. Se você tivesse colhido abobrinha em fazendas australianas por seis meses, escrito um blog sobre a experiência e ainda tivesse cuidado de uma das abobrinhas tal qual um filho, vestindo-a com um terninho e levando-a à escola, acho que quebraria seu galho e deixaria morrer. Mas esse seu histórico é uma vergonha. 

- É?

- É. Aceitei o AVC. Mas, pensando bem, isso aí que você fez te garante, no máximo, uma tendinite. Se você morrer hoje, vai ser ridicularizado no Céu. 

- Nossa, vou me cuidar, então. Se eu vou ser ridicularizado em um lugar em que todo mundo usa toga, imagina o que não vão fazer comigo no Inferno. 

- Vão te colocar um chapéu de burro e mandar você ficar no cantão, olhando para a parede. Eu, se fosse você, tratava de ir plantar uma árvore, escrever um livro e fazer um filho.

- Para garantir, estou pensando em plantar umas dez árvores, re-escrever a lista telefônica de Pequim e ter filhos quadrigêmeos. Como eles devem levar, no mínimo, nove meses para nascer...

- No mínimo.

- No mínimo, não vou dar sopa para azar. Vou amanhã em um mercado e sequestrarei umas 3 crianças abandonadas pelas mães nos carrinhos de compra, enquanto elas pegam condimentos em outros corredores. Cuidarei desses pivetes como se fossem meus filhos. Daí, sim, estou garantido. Se for para o Céu, ninguém vai rir de mim.

- Olha, com sequestro de crianças nas costas, acho que você vai pro Inferno.

- Mas ninguém vai me ridicularizar lá, né?

- Não. Talvez você até seja canonizado, de tanto que vão te respeitar. 

- Ótimo. Odeio ser feito de palhaço.

- E se eu pegar essas três crianças e ensinar a bater carteira ou assaltar em farol? O que será de mim no Inferno? 

- Ah, aí é certeza que de canonizam duas vezes. Se pans, até te pagam um salário e te descolam suprimento vitalício de Lucky Strike vermelho.

- Rapaz! E se eu aproveitar, já que vou para o Inferno mesmo, além de escravizar essas crianças, também re-escrever a lista telefônica de Pequim mas com os números todos trocados e plantar, em vez de 10 árvores comuns, 10 plantas carnívoras devoradoras de gente e sedentas por sangue?

- Ah, aí ganha canonização, medalha de honra ao mérito e Hollywood vermelho para toda a eternidade.

- Ah.

- Como?

- Acho que vou só escrever um livrinho mixuruco mesmo, além de regar minha samambaia mais vezes e tratar melhor os gatos que vivem lá em casa. 

- Nossa. Por que essa mudança de feitio?

- Odeio Hollywood vermelho. Éca. 


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Por que Mosca Tem Asa Se Sabe Voar?

- Pingüim é uma ave ou um mamífero?

- Ave.

- Então, isso quer dizer que...

- Não, não É mamífero.

- Nesse caso, eu diria que...

- Ops. Minto. É ave. Certeza. Pode falar, agora.

- Pois é, como eu ia diz...

- Não. É mamífero. 

- Tá, então...

- Não. Péra. Me confundi. O que eu disse que era por último mesmo?

- Mamífero.

- Ah. Que bom. Achei que tivesse dito "ave". Mas é mamífero mesmo. Achei que tinha me confundido. Termine o que você ia dizer.

- Não quer pensar mais um pouco, antes de eu concluir?

- Hummm. Boa. Quero sim. 

- Ok.

- ...

- ...

- ...

- Pensou?

- Em que?

- Se pingüim é ave ou mamífero.

- Não pensei. O que é?

- O quê?

- Queria saber se pingüim é ave ou mamífero.

- Mas foi isso que eu te perguntei no início da conversa.

- Ah é? Então te digo: é ave.

- Sei.

- Ou mamífero. Um dos dois, com certeza, é.

- Humm.

- Além de inimigo do Homem-aranha nos quadrinhos.

- Homem-morcego.

- Esse eu sei. Homem é mamífero. Morcego é ave. Bico.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Geisy Benta

— Se a Uniban ficasse no Vaticano seria uma faculdade sagrada, certo? Você não acha que neste caso ela deveria mudar de nome para Unibenta?
— Seria um nome muito bonito.
— Com o Bento XVI de reitor, até a Geisy ia andar vestindo hábito.
— Ah, mas ela ia aparecer na Unibenta com as canelas de fora com certeza. Ia ser um escândalo.
— É verdade. E esse seria o motivo que faltava para a volta da santa inquisição.
Como diria Monty Python, nobody expects the spanish inquisition.
— E a Unibenta ainda poderia contribuir muito no campo do conhecimento, ensinar que a Terra é chata como pizza e não redonda como uma laranja, por exemplo.
— Falando em Benta, eu já namorei uma.
— Uma mulher abençoada pela igreja católica ou uma que se chamava Benta?
— Ela se chamava Benta, mas não era lá muito católica, não. Terminei com ela porque ela usava umas minissaias muito curtas.
— Ah, essa aí na Unibenta iria pra fogueira da inquisição na hora.
— Será? Mesmo sendo Benta?
— Não adianta a pessoa ser benta se tiver comportamento herético.
— Virgem Santa! Você também iria pra fogueira agora mesmo se falasse essa palavra numa aula da Unibenta.
— Herético?
— Disse de novo!
— Bom, pelo jeito você pode ficar tranquilo. Ignorantes e burros seriam muito bem aceitos na Unibenta.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Geisy x Uniban x Apagão, o saco sem fundo

- Você acha que os alunos da Uniban hostilizaram o apagão?

- Acho que não. Afinal foi um apagão, não um microapagão. E, além de tudo, ele chegou escurecendo tudo e veio direto e reto. Não pintou mostrando tudo e fazendo um caminho mais longo, via Acre e Rondônia, antes de chegar em São Paulo.

- Pior é que agora estão querendo achar culpados para o apagão e tals. Até minha vó sabe que algo que é compartilhado, supervisionado, dirigido, mantido ou qualquer coisa do tipo entre Brasil e Paraguai, não tem como dar certo.

- Isso é fato. É como deixar uma arma laser na mão do Curly, do Larry e do Moe, dos Três Patetas. 

- Sim, mas para completar o terceiro pateta, Itaipu deveria ficar na mão de Brasil, Paraguai e da polícia de Minas Gerais.

- Tudo bem que a polícia mineira prende crianças de 8 anos, deixa pessoas entrarem armadas em estádios e depois não consegue desarmá-la, enquadra um atropelado e deixa o motorista embriagado ir embora e tudo mais. Mas o terceiro pateta devia ser um país, não?

- Tá. Então seria o Vaticano. Um país que fica dentro de outro país, no qual o chefe de estado é um católico fervoroso meio anazistado e que é anunciado por meio de uma fumaça expelida por uma chaminé não pode ser sério. Sem contrar que o presidente anterior era homem e tinha nome de mulher, Karol. Muito esquisito esse tal de Vaticano.

- E lá o Vaticano é país?

- É mais país que qualquer delegacia de Minas Gerais.

- Você acha que se o papa pintasse no Vaticano com aquele microvestido da Geisy, ele seria hostilizado pelos cardeais?

- Acho que os cardeais não iam ligar muito, mas a Liga das Senhoras Católicas não ia admitir.

- Por outro lado, a Sexy ou a Playboy ou a Brasileirinhas poderia chamá-lo para fazer umas fotos ou uns filmes pornográficos.

- Depois da Fernanda Young na Playboy, nada mais me surpreenderia. Nem o papa fazendo filme pornográfico.

- Se a Brasileirinhas tivesse tino comercial mesmo, já tinha contratado uns sósias do papa e da Geisy para estrelar um filme que se passaria em uma réplica de Itaipu. Poderia se chamar "Papa papa Itaiputa" ou "Papa hostializa em Uni-gang-bang".

- Hostializa vem de hóstia, imagino.

- Isso. Pensei em alguma cena envolvendo comida e sexo.

- E por que sósias e réplica?

- Para fazer a toque de caixa, teriam que improvisar. Ia demorar muito tempo até convencer a Geisy e o papa a fazerem um filme pornô. 

- E porque uma réplica de Itaipu?

- Por que é preciso iluminação para os câmeras filmarem. E a última coisa que tem na própria Itaipu é luz.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O Caso Geisy x Uniban Revisitado Revisitado

— Concordo com a mina da Uniban. A atitude dos alunos foi indefensível.
Indefe o que?
— Sível.
— Puxa!
— Agora que já citamos Chapolin, e voltando à vaca fria, a atitude é mesmo indefensível.
— Da parte de quem?
— Dos alunos
— Re-puxa!
— Você vai ficar aí imitando o Chaves e não vai falar nada sobre o vocábulo “indefensível”?
— Mas eu nem sei o que é o vocábulo vocábulo...
— Nessa você mandou bem.  Seu Madruga é gênio.
— Mas e então, qual o lance do “indefensível”?
— Foi o que essa tal de Geisy Arruda disse no Superpop, que não troca a inteligência dela por beleza nenhuma. Aí emendou que o que aconteceu foi indefensível.
— Manjei, tipo uma bola chutada com força no ângulo.
— Levando pro mundo do futebol, acho que é isso.
— E a Luciana Gimenez?
— Provavelmente, aprendeu uma palavra nova.
— Que palavra nova?
— Indefensível, oras.
— E é nova?
— Que burro, dá zero pra ele. O certo é indefensável, né?
— Ah, agora entendi. E foi pertinente, justamente quando falávamos de defesas...
— O burro empaca perto do trigo.
— Essa eu peguei! É do Seu Madruga também.
— Então vou mudar: O burro empaca perto da Uniban.
— Esta aí um bom novo slogan pra faculdade.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Caso Geisy x Uniban Revisitado

- Estou seriamente preocupado com minha sanidade. Faz uma semana que a música de abertura da Escolinha do Professor Raimundo não sai da minha cabeça.

- ...

- Essa mesmo.

- Essa mesmo o quê?

- É essa música que você cantarolou. 

- Não cantarolei nada. 

- Você não cantou "é na escola que a gente aprende, a contar, a criar e a crescer. É na escola que nasce o desejo, de pensar, de tudo saber..."?

- Não. Sequer grunhi algo. Estava querendo ver até onde ia sua demência.

- Rapaz. Então, pelo jeito, ela vai longe. Juro que ouvi você cantar "é na escola que a gente aprende, a contar, a criar e a crescer. É na escola que nasce o desejo, de pensar, de tudo saber..."?

- Não. Aliás, falando em escolinha, e esse lance da mina de perna de fora da Uniban, hein?

- Estou acompanhando de perto o caso e esperando mais informações. Mas, por enquanto, já conclui uma coisa. 

- Que o curso de marketing da Uniban deve ser o pior do sistema solar? Afinal, vai dar tiro no pé assim lá na casa do chapéu.

- Não, não.

- Concluiu o que então? Que o advogado da Uniban deve ter se formado na própria Uniban, pra ser tão ruim?

- Não, não.

- Então o que foi? Acha que se Stella Barros ou a Tia Augusta tivessem tino comercial já teriam contratado a Geisy, já que ela fazia turismo?

- Nem.

- Que alguma universidade tabajara deveria se promover dando uma bolsa de estudos a ela? Ou que a USP a convidasse a estudar lá, sem fazer vestibular, só para criar mais polêmica?

- Não, nada disso. E embora você esteja certo em todas as colocações, conclui outra coisa: filha minha não passaria por isso.

- Você ia invadir a universidade e dar sopapo em todos?

- Que é isso, rapaz! Filha minha não ia sair de casa com um vestido daqueles. Aliás, nem fazer faculdade iria. Até os 18 anos, filha minha não vai saber ler e escrever. Só vai aprender a bordar, cozinhar e lavar. TV, só uma vez por semana. Rádio, tudo bem. Mas só programa evangélico.

- Se sua filha se parecer fisionomicamente com você, é bom mesmo proibi-la de usar saias curtas. 

- Pois é. Por outro lado, eu mesmo estava pensando em aparecer em algum lugar de mini-saia só para poder processar depois e ganhar uma fortuna. 

- Isso se você fosse hostilizado e depois expulso deste lugar, né?

- Não necessariamente. Se eu fosse hostilizado e depois expulso, processaria. Se não fosse, processaria também. Afinal, que tipo de lugar é esse que deixam um marmanjo como eu entrar de mini-saia e fica por isso mesmo?

- Já vi suas pernas. Realmente, é caso para processo. 

- ...

- Começou de novo?

- Não disse nada.

- Você não cantarolou "é na escola que a gente aprende, a contar, a criar e a crescer. É na escola que nasce o desejo, de pensar, de tudo saber...".

- Nopes. Aliás, já tava quase esquecendo essa maldita música.

- Vixe. Então agora quem foi contaminado fui eu. Droga.

- Bem-vindo ao clube.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Pior do que a Ana Maria Braga de Madonna?

- Já te contei que meu pai nasceu em um povoado que não existe mais?

- Ele é de Atlântida?

- Eu disse "povoado". Não "cidade e/ou distrito subaquático mitológico que desapareceu sabe Deus por que cargas d´água se é que um dia existiu cujo prefeito era o Aquaman".

- Ah. Tá.

- Mas até que você passou perto.

- Ele nasceu num povoado que o Aquaman era prefeito?

- Não. Nasceu em um finado povoado do Maranhão chamado Olhos D´Água. Bem ou mal, ambos os locais tem a ver com água.

- Olhos D´Água acabou em uma enchente?

- Não. Briga de família mesmo. A similaridade reside no nome de Olhos D´Água e no fato de Atlântida ter muita água.

- Me explique como briga de família pode acabar com um povoado? Só existiam duas famílias por lá?

- Acho que tinham umas 4 ou 5, pelo que meu pai conta. Mas é que quando foram acabando os familiares, nego foi logo matando vizinho, amigo, bicho de estimação. Quando perceberam que era tarde demais, acabou a cidade. 

- Perceberam, não. Quando percebeu. Deve ter sobrado um só por lá. Aí ele matou o penúltimo. Olhou para os lados, não viu ninguém mais para atirar. Aí, fez que não era com ele, deu de ombros, e saiu assoviando qualquer coisa até a cidade mais próxima.

- Acho que é por aí mesmo.

- E como foi que seu pai escapou desse fim?

- Saiu para comprar cigarros. 

- E, como todo mundo sabe, quem sai para comprar cigarros, nunca mais volta. Foi assim que ele se salvou?

- Não. Parece que ele fumava cipó. E é bem difícil encontrar cipó para vender. Aí se atrasou. Quando voltou, não viu ninguém e foi pra uma cidade vizinha ao povoador morar.

- Meu sonho era ter nascido em uma cidade ou povoado que tivesse acabado por briga de família. Ou, pelo menos, que não existisse mais. Pena que nasci em São Paulo.

- Eu queria ter nascido em uma cidade que o prefeito fosse o Aquaman. Vice, Príncipe Namor. 

- Sei não se um príncipe ia admitir eleições. Acho que ele ia querer governar na marra.

- Mas o Aquaman não ia deixar. Ele é presidencialista. Ou melhor: prefeitalista.

- E o Namor, monarquista. Como faz?

- Veja bem, a questão é a prefeitura. Nunca ouvi falar que príncipe tinha que governar cidade. País, sim. Acho que com essa conversa-mole, dava para convencer o Namor. Será que não?

- E lá o namor ouve alguém? Se ele usa aquela sunga rídicula, não foi por falta de aviso. Aquilo é mais ridículo do que aquelas coisas que o Clóvis Bornay usava no dia-a-dia.

- Bom, então eles ia ter que decidir no tapa. 

- Ih. Já vi que o final ia ser igual a Olhos D´Água. 

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Pizza Sabor X-Tudo

- Uma vez, eu peguei uma camisinha, enchi de sal grosso. Aí, completei os espaços vazios com água buricada, dei um nó e joguei no telhado do vizinho.

- Tudo isso foi revolta por não ter transado nesse dia?

- Não, não. Fiz isso quando tinha oito anos. Não era sexualmente ativo.

- Por que você está me contando isso?

- Porque eu estava tentando lembrar a coisa mais idiota que já fiz, sem estar sob efeito de álcool ou de outras substâncias proibidas em mais de 40 estados norte-americanos. E acho que foi isso aí.

- Você não era sexualmente ativo, certo?

- Certo.

- Tinha oito anos.

- Isso. Você tá bom de memória hoje.

- Comprou a camisinha?

- Não. Achei caida, aberta, no chão da rua de casa.

- Usada?

- Er...

- Taí, acho que é a coisa mais idiota que você já fez mesmo.

- É...  

- Mas veja pelo lado bom, poderia ser ainda mais idiota. Você poderia ter colocado cominho também dentro dela.

- Como cominho faria meu ato ser mais idiota?

- Qualquer coisa com cominho é mais idiota.

- Não sei porque essa ojeriza por cominho.

- Cominho é a coisa mais nojenta do mundo. Não pe pra por na comida, não sei porque insistem nisso.

- Eu já acho que frango e catupiry não se misturam. E que moela é coisa do demônio. O resto, não tem problema.

- Falando em frango com catupiriry, uma vez pedi uma pizza de camarão com cheddar, bacon, carne seca, coração de frango com umas pitadas de unha de coreano morto cobrindo tudo.

- Te entregaram?

- Não, claro que não. Mas isso foi a coisa mais idiota que já fiz sem estar sob o efeito de nada. Só pedi a tal pizza para ver o que o atendente diria quando eu chegasse à parte da "unha de coreano morto".

- E o que ele disse?

- "Vai cominho, senhor?". Ai fui obrigado a desligar o telefone. Tem gente que não sabe brincar.

domingo, 1 de novembro de 2009

Waldo e Walda vão ao Cinema

- Waldo, o pássaro, está morto.

- Quem é Waldo, o pássaro?

- Ele morreu de catapora, pobre diabo.

- Quem é Waldo, o pássaro?

- Mas não é à toa que morreu dessa perigosa doença. Acho que uma das causas mais comuns de morte entre aves é a catapora.

- Quem diabos é Waldo, o pássaro?

- E te digo como cheguei a essa conclusão. Eles tem penas. Não é possível ver as pintas de cataporas sob elas. Eles não tem mãos ou dedos, o que não permite vê-los se coçar. 

- Mesmo porque eles não conseguem se coçar.

- É exatamente isso o que estou falando. Agora, estamos nos entendendo.

- Mas quem diabos é Waldo, o pássaro?

- Uma ave que morreu de catapora.

- Mas quem é Waldo, o pássaro?

- Mudemos de assunto. Você tá muito repetitivo. Tá parecendo até TOC.

- Você começa falando de uma ave que morreu e não me dá mais informações e eu que tenho TOC?

- Uma namorada que tive, na primeira vez que saímos, me levou para ver Terra em Transe. Acredita?

- Que namorada?

- Não dá, né? Eu devia ter desconfiado que ia dar zebra logo de cara, quando ela sugeriu ir assistir a essa bomba. 

- Que namorada?

- É como assistir a 2 horas de chiado de TV, quando tá mal sintonizada.

- Que namorada?

- Daí, na segunda vez que saímos, me levou em um monólogo do Paulo Autran. Um monólogo do Paulo Autran! Aí não. Mas, mesmo assim, insisti com ela.

- Quem era essa namorada?

- Daí, na terceira vez, ela me levou ao cinema para ver Todo Mundo em Pânico 2. Aí, desisti. Vi que a coisa não ia ter futuro.

- Também desisti de saber quem é a namorada. 

- Chamava Walda. Acho que você não conheceu. Teve catapora enquanto estávamos juntos.

- Morreu?

- Não, não. Ela era uma pessoa, e não uma ave, graças a Deus.

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- Colaboração acidental, incidental e ocidental de Vanessa Marques